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sexta-feira, 3 de março de 2017

A PRIMEIRA SESSÃO PSICANALÍTICA



Desde que Freud iniciou seus primeiros trabalhos utilizando a técnica psicanalítica, já pode observar que a primeira sessão (que, na verdade, podem ser várias e não apenas uma) é de fundamental importância para todo o tratamento que se seguirá depois.

As razões para essa importância especial são várias.

Em primeiro lugar, trata-se do primeiro encontro entre o paciente e o analista, motivo suficiente para provocar uma certa ansiedade (embora de intensidades diferentes) em ambos, uma vez que os dois têm expectativas, que poderão ser confirmadas, ou não.

Mas, expectativas à parte, o que mais se mostrou produtivo nos dias atuais, é na verdade, transformar essa que seria a PRIMEIRA SESSÃO PSICANALÍTICA, numa série de encontros ou entrevistas, denominadas de entrevistas introdutórias, durante as quais, não se inicia ainda o tratamento psicanalítico propriamente dito.

Mas, se durante essas entrevistas introdutórias ainda não há análise, por que motivo elas acontecem e quais objetivos elas atenderiam? Aí já entramos na segunda razão de sua importância.

Trata-se na questão de construir um ambiente apropriado ao mútuo conhecimento, no qual são criadas as condições para o estabelecimento da empatia e de um "rapport" em torno da figura do analista. Metaforicamente, poderíamos nos referir a esses momentos como o tempo e a época apropriados para a preparação do terreno no qual, posteriormente, serão semeados os grãos, que germinarão mais saudáveis para uma boa colheita.

E, finalmente, essas entrevistas introdutórias servirão também como a base onde se formará o "par analítico" e estará, então, concluído o setting, no qual se dará o tratamento e, consequentemente, as batalhas entre as transferências, as interpretações e as resistências.


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